Os testes de função hepática são rotineiramente medidos no sangue e refletem a função de síntese metabólica e evidências de lesões das células hepáticas, sendo frequentemente utilizados na prática clínica para investigar sintomas e/ou sinais sugestivos de doença hepática, evidências de alterações em indivíduos sob alto risco de doença hepática (como alcoolistas) e para monitorizar efeitos do tratamento. Portanto, devemos considerar o contexto clínico, a natureza dinâmica das alterações (se aguda ou crônica) e padrão e grau de alterações.
Classificamos os padrões de alterações de lesão hepática em três tipos: hepatocelular, quando ocorre aumento das aminotransferases ALT e AST; colestático, quando ocorre aumento da fosfatase alcalina (FA) e gama-glutamil transferase (GGT); e misto, quando ocorrem juntos aumentos das AST, ALT, FA e GGT.
Além dos exames utilizados como padrões de lesão hepática, na prática clínica utilizamos outros marcadores de função de síntese hepática: síntese e metabolismo das bilirrubinas; albumina; tempo de protrombina e INR; e amônia.
Para a complementação do diagnóstico, utilizamos métodos de imagem (ultrassonografia com Doppler, tomografia computadorizada, ressonância magnética) para estudo do parênquima hepático e vias biliares, métodos físicos para medida da fibrose (elastografia com FibroScan) hepática, marcadores sorológicos e/ou moleculares para o diagnóstico etiológico (hepatites virais, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas), assim como a biópsia hepática para avaliação microscópica.
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