Olá! Espero que você e seu fígado estejam bem. Principalmente se você ou alguém do seu círculo de convivência é alcoolista.
Essa droga comercializada legalmente no país é, sem dúvida, a substância psicotrópica de uso e abuso mais amplamente disseminada no mundo.
E se antes os homens eram os maiores atingidos pelo vício, hoje já vemos pesquisas indicarem que mulheres, adolescentes e aposentados também estão entrando nesse preocupante grupo.
O álcool pode provocar lesões nos órgãos do aparelho digestivo, incluindo a bôca, esôfago, estômago, pâncreas, intestinos e fígado!
Mas, vou me limitar a falar das transformações que a bebida provoca no fígado. E que, muitas vezes, não podem ser desfeitas, mesmo ele tendo a incrível capacidade de se regenerar.
O fígado possui enzimas capazes de metabolizar o álcool. Por isso é que uma escapada ocasional e o consumo moderado não provocam estrago.
O problema é exagerar com frequência e acabar ultrapassando sua capacidade de metabolização. Com isso, as células hepáticas podem ser irremediavelmente destruídas. As células que se mantiveram vivas, se regeneram e tentam compensar as perdas sofridas. Mas, não conseguem, e acabam formando cicatrizes fibrosas e nódulos que deixam o órgão cada vez menor e mais rígido, o que dificulta a penetração e a circulação do sangue em seu interior.
Como consequência, há um aumento da pressão de uma veia chamada porta devido a fibrose, dificultando a passagem do sangue, que impacta nas veias do esôfago e do estômago e estimula a formação de varizes internas.
Com o tempo elas podem sangrar, causando um dos principais sintomas da cirrose hepática: as hemorragias digestivas.
Quando o fígado deixa de funcionar por causa da cirrose, as substâncias tóxicas que ele normalmente elimina se acumulam no sangue e chegam ao cérebro.
Ali, elas podem provocar uma série de alterações neurológicas, a encefalopatia hepática, que vão de problemas com o sono até o coma, em casos mais graves.
Como estamos falando de uma droga viciante, o tratamento precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar, que inclua, pelo menos, um gastroenterologista com formação em hepatologia, um psiquiatra e a família, que é fundamental para o sucesso do tratamento.
Ajude quem você ame. Deixe-se ajudar. Eu fico por aqui. Um abraço, e até o próximo AI, MEU FÍGADO!
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