Cirrose não é câncer. Mas, ela predispõe ao aparecimento do chamado câncer primário do fígado. O carcinoma hepatocelular. Isso acontece porque o fígado cirrótico multiplica suas células de maneira exagerada e desordenada para tentar se regenerar das agressões causadas pelo álcool. Tudo seria perfeito se essa regeneração crônica não aumentasse o risco de surgirem erros na duplicação dos genes das células.
A cirrose é uma palavra que vem do grego e significa fibrose mais nódulo de regeneração. Nessa situação, o nódulo de regeneração perde o seu controle, desenvolvendo nódulos displásicos de baixo e alto grau e, finalmente, evolui para o câncer.
Por isso é que todo paciente com cirrose deve fazer exames periódicos semestrais de imagem e de sangue, para detectar esse câncer ainda na fase inicial, quando existe possibilidade de cura.
Há vários tratamentos disponíveis, e a escolha é individualizada. Dependendo do caso, pode haver indicação de transplante ou a retirada apenas da parte do fígado comprometida pelo tumor. Por isso, não deixe de consultar um gastroenterologista especialista em hepatologia.
Um abraço, e até o próximo AI, MEU FÍGADO!
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