Conforme apontou um levantamento feito pelo Instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Farmácia, 77% dos brasileiros que têm o perigoso hábito de se automedicar. Você mantém uma farmácia popular em casa e faz parte dessa estatística? Então esse post é para você.
⠀
Tenha em mente que todo remédio tem potencial nocivo quando corre solto nas nossas veias. E, como ele é metabolizado no fígado, o órgão é o que mais sofre com os abusos, devido as lesões causadas pelas medicações. A elas damos o nome de DILI, abreviação para drug-induced liver injury. Ervas medicinais, plantas e suplementos nutricionais também podem causar prejuízos, mas isso eu explico em outro post.
⠀
Qualquer pessoa está sujeita a ter DILI. Principalmente se for criança, idosa, grávida ou achar bacana fazer como nos filmes de Hollywood e tomar remédio com álcool. Afinal, por si só, o álcool prejudica o fígado e altera seu funcionamento, inclusive o modo como ele metaboliza os medicamentos.
⠀
Os sintomas do DILI podem incluir fadiga, mal-estar, coceira, náusea e perda de apetite. Ou serem ainda mais graves, com icterícia, aumento do fígado, dor na parte superior direita do abdome, diminuição da atenção e confusão mental. Seja qual for o caso, recomendo parar já com a automedicação, sempre buscar ajuda médica quando não estiver bem e incluir exames de fígado no seu check-up.
⠀
Se alguma lesão for diagnosticada, a solução pode incluir parar com o medicamento para que o fígado se recupere. Ou, dependendo da gravidade, poderá exigir um transplante. E eu já contei por aqui que fazer isso não é nada fácil.
⠀
Cuide-se, ok? Para isso, conte com um gastroenterologista com título de especialista em hepatologia pela Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Deixe uma resposta