Hepatites Medicamentosas
Hepatites Medicamentosas
Hepatite medicamentosa ou hepatite induzida por drogas é uma inflamação do fígado causada por dano direto às células do fígado, o hepatócito. A lesão hepática induzida por drogas é responsável por 5% de todas as internações hospitalares e 50% de todas as falhas hepáticas agudas
O progresso clínico de uma hepatite induzida por medicamentos é dose-dependente, e depende da droga, da capacidade do paciente a metabolizar à droga. Por exemplo, hepatite induzida por halotano pode ser moderada ou fatal, assim como a hepatite induzida por isoniazida. Contraceptivos hormonais podem causar mudanças estruturais no fígado. Hepatite por amiodarona pode ser incurável, uma vez que a longa meia vida da droga (mais de 60 dias) significa que é muito difícil impedir exposição à droga. Além disso, a variação na forma de reagir do organismo humano é tão grande que qualquer droga pode vir a causar hepatite caso a pessoa tenha uma grave reação adversa a ela.
O fígado, por funcionar, entre outras coisas, como um centro de desintoxicação e filtração de impurezas no organismo, pode ser afetado por medicamentos, cujo uso causaria uma reação colateral de agressão, limitando suas funções e benefícios esperados. Essa reação de agressão resulta em dano hepático de dois tipos: Hepatocelular (aumento de TGO e TGP) ou colestático (aumento de bilirrubinas), manifestam-se por meio de rupturas das membranas dos hepatócitos; da redução do fluxo biliar colestase; da agressão a mitocôndrias por inativação do DNA mitocondrial; etc. Geralmente são assintomáticos, transitórios e se resolvem após a descontinuação dos medicamentos.
Um tipo relativamente raro no contexto das doenças hepáticas, a DILI, lesão hepática induzida por droga, é mais complexa do que se pode imaginar e é dividida de acordo com o modo de que varias organela celulares são afetadas. Essa hepatotoxicidade causa o rompimento das fibrilas de actina da superfície do hepatócito, culminando em lise celular.